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domingo, 11 de abril de 2010

Terceiro Raio

Apresento-lhes mais um colaborador. Bom, esse se apresentará sozinho.
 
 
Antes de tudo, preciso me apresentar. Não é legal entrar na casa dos outros sem fazer isso.
 
Nhonha, carioca, engenheiro de telecomunicações, 25 anos, frequentador do Maracanã há 22. Minhas áreas de interesse são cerveja, bom-humor, mulher (a minha, claro, pra não dar problema), futebol e cultura (se for inútil, melhor ainda). Não necessariamente nesta ordem.
 
Contratado a peso de ouro (duas mariolas e um pacote de Trakinas pela metade), estreio aqui por esse bloguinholhes. Sempre falando sobre Botafogo.
 
E o que foi o jogo de ontem? Começou com o Joel Santana ainda meio manguaçado, escalando um time que nunca jogou junto! Jefferson, Antônio Carlos, Fahel e Fabio Ferreira; Alessandro, Leandro Guerreiro, Sandro Silva, Tulio Souza e Somália; Herrera e Loco Abreu. Isso mesmo, nove jogadores de defesa e dois de ataque. Cadê o Marcelo Cordeiro? E de que valeu o jogo contra o Bangu,suposto "vestibular" para o jogo de hoje? O Tulio Souza nem jogou e Caio, Edno, Diguinho e Renato Cajá ficaram de fora.
 
Deu no que deu. O primeiro tempo foi todo do Fluminense. Do lado alvinegro, não havia maneira de a bola chegar da defesa para o ataque. Tulio Souza é volante, ora. Assim como Leandro Guereiro, Fahel, Somália e Sandro Silva. E o Alessandro, ainda que voluntarioso, não pensa e corre ao mesmo tempo. 2 a 1 no intervalo ficou de bom tamanho (até porque pênalti roubado não entra).
 
Foi preciso que o nosso técnico, grande conhecedor do idioma de Shakespeare, recobrasse a razão e colocasse o time novamente nos eixos. Entraram dois jogadores que pensam e sabem um mínimo de fundamentos de futebol. Tulio Souza e Sandro Silva deram lugar a Caio e Edno. Estes deram nova cara ao time, que, em tese, partiria para uma tática suicida, mas estava muito mais sóbrio que antes (e até que o rival). E o jogo mudou de lado.
 
Aí apareceu a principal arma do Botafogo (que muitos pensam ser a sorte): a humildade. É um time que sabe exatamente qual é o próprio limite e, por isso, sempre busca estar perto dele. Ao contrario do Fluminense, cujo técnico já havia declarado que tinha certeza de que seriam campeões. Só sabemos jogar com marcação pesada, bolas alçadas na área e contra-ataques? Então esses são os caminhos do gol. E assim foi, nos três gols. Abreu, Fahel e Caio. E a bandeirinha cegueta não é culpa nossa.
 
E pela terceira vez no campeonato, o time adversário sai com a amarga sensação de que jogou melhor, mas perdeu. Pode um raio cair três vezes no mesmo lugar?
 
Esse time lembra muito a seleção brasileira de 1994. Com a diferença que não havia ninguém melhor que o Brasil naquela Copa. Se não dá pra vencer com bom futebol, que seja com pragmatismo. Ou alguém prefere perder jogando bonito?

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