Apresento a vocês o primeiro colaborador do Blog: Deri. Ele é um amigo de faculdade, São-Paulino e comentará semanalmente sobre as notícias relevantes da semana. Eis abaixo sua primeira contribuição:
A natureza deve sempre ser respeitada e o Homem tem uma dura lição disso frequentemente. Na semana que passou, acompanhamos perplexos às graves consequências das chuvas no Estado do Rio. A tragédia era anunciada e uma série de erros levou a esse desastre.
Ainda é cedo para apontar os culpados: a omissão do Governo? A irresponsabilidade dos moradores? São Pedro? Certamente uma soma de tudo isso.
O Governo falhou ao fazer “vista grossa” sobre a ocupação irregular das encostas – e do lixão especificamente. E errou ao urbanizar essas áreas, com pretextos eleitoreiros, mantendo por lá seus moradores em vez de agir com uma solução que trouxesse mais segurança aos mesmos.
Os moradores da região também não estão livres de culpa. Respeitamos a dor deste momento, mas não podemos eximi-los. Sabiam dos riscos quando invadiram a área, num ciclo que se tornou recorrente desde o final do século XIX. Muitas vezes a população opta por uma locação mais perigosa e ilegal a uma melhor condição, porém afastada dos centros comerciais.
Assistindo às inúmeras reportagens sobre a tragédia, principalmente no Morro do Bumba, lembrei-me do premiado curta Ilha das Flores, de Jorge Furtado (1989). A tal ilha é um lixão que ajuda a sobrevivência de várias famílias e lembra que o Ser Humano, com polegar opositor e tudo, faz parte deste planeta e deve zelar por ele, além de sermos todos iguais em nossa essência. Isso nós vemos nas correntes de solidariedade, a única coisa boa de tudo isso.
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